Raúl Castro fala ao Parlamento cubano, em Havana, no dia 21 de dezembro
No sábado, dia 21 de dezembro, o presidente de Cuba, Raúl Castro, ofereceu ao governo americano
a possibilidade de um "diálogo respeitoso" que não comprometa a
soberania da ilha e considerou que os dois países podem estabelecer uma
"relação civilizada". "Se nos últimos tempos fomos capazes de sustentar
alguns intercâmbios sobre temas de benefício mútuo (...), consideramos
que podemos resolver outros assuntos de interesse, estabelecer uma
relação civilizada entre ambos os países, como deseja nosso povo e a
grande maioria dos cidadãos americanos e a emigração cubana", afirmou
Castro.
Na segunda-feira, dia 23, as integrante do grupo punk Pussy Riot Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina foram libertadas da prisão.
As duas jovens, detidas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao
ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de
cantarem uma oração punk contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin,
na catedral Cristo Salvador de Moscou, em fevereiro daquele ano. Junto
delas estava Yekaterina Samutsevich, libertada ainda em 2012. Ao sair,
Tolokonnikova criticou a lei que permitiu sua libertação. "Não creio que
esta anistia seja um gesto de humanismo, mas uma operação de relações
públicas", disse.
Na terça, dia 24, o ex-técnico da Agência de Segurança
Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden declarou, em sua
primeira entrevista concedida desde que recebeu asilo da Rússia, que
está com o sentimento de missão cumprida e
que se sente um vencedor por ter denunciados esquemas de espionagem do
governo americano, através do vazamento de informações confidenciais em
seu antigo cargo. "Para mim, em termos de satisfação pessoal, minha
missão já foi cumprida. Eu já venci. Os jornalistas podem trabalhar
(procurando informações sobre espionagem), tudo que eu fiz foi válido.
Eu não quis mudar a sociedade. Quis dar à sociedade uma chance de mudar a
si mesma", declarou ao jornal americano The Washington Post.
No mesmo dia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou um plano
para dobrar o número de pacificadores no Sudão do Sul para proteger os
civis da crescente violência que está levando o Estado mais novo do
mundo ao limite de uma guerra civil. O conselho de 15 membros autorizou,
em decisão unânime, um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
de aumentar a força da missão no Sudão do Sul para 12,5 mil tropas e
1.323 policiais do contingente inicial de 7 mil tropas e 900 policiais.
Na quarta, dia 25, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, determinou que as tropas
de seu país estejam preparadas "para o combate" ao visitar uma unidade
do Exército. O dirigente norte-coreano exigiu que a unidade se "esforce
ao máximo para estar preparada para o combate, tendo sempre em conta que
uma guerra pode ocorrer sem aviso prévio". A península da Coreia vive
um momento de tensão após a recente execução de Jang Song-thaek, número
dois do regime e tio de Kim Jong-un.
Na quinta, dia 26, a presidente argentina, Cristina Kirchner, descartou se candidatar
a qualquer cargo político assim que terminar seu segundo mandato, em
2015. A presidente respondia assim às declarações feitas pelo deputado
governista Carlos Kunkel, que afirmou que Cristina "continuará fazendo
política e será candidata". "O que acontece é que Carlos gosta muito de
mim", afirmou, antes de acrescentar: "não há nenhuma possibilidade de
'Cristina 2015' para nenhum cargo eletivo".
Na sexta-feira, dia 27, um juiz federal de Nova York considerou que a coleta de dados telefônicos de americanos
por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA) é legal e justificada
para prevenir ataques terroristas. Segundo William Pauley, o programa
revelado pelo ex-analista externo da NSA Edward Snowden é "legal" e útil
para estabelecer conexões entre terroristas e evitar atentados em
território americano. No entanto, ele reconheceu que o vazamento de
informações através de Snowden motivou um debate geral sobre "a tensão
entre a proteção do país e a preservação das liberdades civis que
representa a coleta de metadados telefônicos".
No sábado, dia 28, o Congresso Nacional do Povo da China, aprovou formalmente a resolução que relaxa a política oficial de filho único.
A reforma permite que casais possam ter até dois filhos se ao menos um
dos pais for filho único. A China, país mais populoso do mundo, com
quase 1,4 bilhão de habitantes, tem hoje uma taxa de natalidade de
apenas 1,5 criança por mulher em idade fértil.
No domingo, dia 29, 17 pessoas morreram em um atentado suicida em uma estação de trens em Volgogrado, na Rússia.
Outras 37 pessoas foram internadas em hospitais em decorrência de
ferimentos contraídos na explosão, que ocorreu perto dos detectores de
metais localizados na entrada da principal estação de trens da cidade,
lotada de viajantes. "Foi aberta uma investigação por atentado
terrorista", indicou a comissão de investigação, ressaltando que a
potência do artefato explosivo equivalia a 10 quilos de TNT.
Menos de 48 horas depois, um novo atentado contra um ônibus elétrico
na mesma cidade deixou 14 pessoas mortas. Outras 28 pessoas ficaram
feridas. Os atentados aumentaram os temores sobre a segurança dos Jogos
Olímpicos de Inverno, que acontecerão em fevereiro em Sochi, estação
balneária situada ao pé do Cáucaso. O ministério do Interior anunciou a
intensificação das medidas de segurança em todas as estações e
principais aeroportos do país. Nenhum grupo assumiu a autoria dos
ataques.
Também na segunda, dia 30, a Justiça egípcia condenou a dois anos de prisão 139 partidários
do presidente islâmico Mohamed Mursi, destituído pelo Exército. Eles
foram punidos pelo envolvimento nos episódios de violência à margem de
manifestações em 15 de julho no Cairo. Além da pena de prisão, o
tribunal determinou que cada um deverá pagar 5 mil libras egípcias (520
euros) de fiança para recorrer em liberdade.
Na terça, dia 31, Israel libertou 26 presos palestinos
como parte dos esforços para relançar as negociações de paz com a
Autoridade Nacional Palestina (ANP) que estão sendo mediadas pelos
Estados Unidos. Essa
é a terceira de quatro fases de libertações, de um total de 104
detentos palestinos. As outras duas ocorrências foram em 13 de agosto e
30 de outubro. Os
26 estavam detidos desde antes dos acordos de Oslo de 1993, que
iniciaram formalmente o processo de paz. Todos cumpriram entre 19 e 28
anos de prisão pelo assassinato de civis ou soldados israelenses. Eles foram recebidos como heróis, em um ambiente de alegria e emoção, por centenas de pessoas.
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