domingo, 25 de dezembro de 2011
Estadão - Gaudêncio Torquato.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Estadão - Artigo de Olgária Martins Feres Matos
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Deustche Welle - Fillon vai ao Brasil defender venda do encalhado caça Rafale
Fillon vai ao Brasil defender venda do encalhado caça Rafale
François Fillon e Dilma Rousseff durante encontro em Brasília
Primeiro-ministro francês se encontrou com Dilma para reforçar a parceria militar com o Brasil, que ainda não decidiu se vai comprar o caça Rafale. Presidente destaca necessidade de transferência de tecnologia.
A preocupação com a defesa nacional está no centro da agenda brasileira. Nesta quinta-feira (15/12), a presidente Dilma Rousseff declarou, em mais de uma ocasião, que o país precisa pensar o reequipamento das Forças Armadas sob o ponto de vista da política industrial.
Durante encontro com o primeiro-ministro francês, François Fillon, a presidente argumentou que os acordos de cooperação com outros países, incluindo a França, devem fazer parte de um modelo de produção nacional.
"Expliquei ao primeiro-ministro que queremos construir uma verdadeira indústria nacional de defesa no Brasil. E as parcerias com a França, em todos os setores, devem se inserir nesse objetivo e na ampliação de nossas capacidades em tecnologia", ressaltou Dilma.
A afirmação faz referência à longa negociação, iniciada pelo Brasil ainda em 2009, de compra de caças para renovação da frota nacional. O Brasil também recebeu propostas da Boeing (Estados Unidos) e da Saab (Suécia), mas o ponto crucial das negociações é a transferência de tecnologia.
"Vim ao Brasil para reforçar nossa total determinação em prosseguir a parceria estratégica lançada em 2008 pelos presidentes Sarkozy e Lula", declarou Fillon.
Sem compradores no exterior
Antes de chegar ao Brasil, Fillon declarara ao jornal Folha de S.Paulo estar confiante de que o negócio em torno do Rafale vai sair. "Nosso melhor argumento é a qualidade das transferências que estamos realizando. Estamos confiantes, porque nossa oferta é a melhor possível", disse.
Os franceses estão tendo dificuldades para exportar o Rafale. Até hoje, nenhuma unidade do caça foi vendida para fora do país. O ministro da Defesa, Gerard Longuet, ameaçou recentemente suspender a fabricação do caça "a médio prazo" devido à baixa procura. As Forças Armadas francesas encomendaram 180 unidades, cuja produção se estenderá até 2018.
Segundo o especialista em relações internacionais Creomar Carvalho, das propostas recebidas, a da França é a que mais apresenta possibilidade de concretizar essa transferência de tecnologia, mas a decisão é complexa.
"O Rafale é um caça muito caro e a transferência de tecnologia não o torna mais barato. Isso gera um certo constrangimento, principalmente com a cúpula da Força Aérea, que não considerou este o melhor avião", afimou Carvalho à DW Brasil. Ele avalia, ainda, que, por outro lado, "a França parece ser o parceiro que teoricamente envolve o melhor custo-benefício na transferência de tecnologia".
Em outro momento, durante cerimônia militar, Dilma voltou a afirmar a importância da renovação nas Forças Armadas. "O robustecimento da indústria de defesa nacional e o domínio de tecnologias críticas por empresas brasileiras serão decisivos para que nossas Forças Armadas disponham de equipamentos e tecnologias compatíveis com suas funções de garantia da democracia e da soberania do nosso país", disse.
A compra dos caças foi discutida durante o encontro com o primeiro-ministro francês, mas o governo brasileiro manteve a posição oficial, adotada ainda no início do ano, de suspender as negociações depois do anúncio do bloqueio de R$ 50 bilhões do orçamento.
Constrangimentos e necessidade iminente
A escolha do vendedor vai trazer muita repercussão, tanto pela concorrência quanto pela resistência natural ao tema, conforme avalia Carvalho. "O gasto com defesa nacional ainda é visto com resistência por vários setores da sociedade brasileira, sobretudo por questões de ranço com o regime militar e outras questões do gênero", ponderou Carvalho.
Apesar da dificuldade que permeia a tomada de decisão, o Brasil não tem muito tempo de sobra, uma vez que hoje as Forças Armadas têm necessidades reais de troca de equipamentos para manter operações de segurança e patrulhamento. As regiões de fronteiras e a região amazônica pedem ações de alto nível técnico que só poderão ser implementadas com a renovação de certos equipamentos, diz Carvalho.
"As armas do crime organizado, por exemplo, passam pelas fronteiras, que são absolutamente porosas. Então precisamos que as Forças Armadas estejam prontas para fazer com que essas fronteiras estejam menos porosas e, a partir daí, criar os atributos necessários para se ter uma linha de frente de resistência ao crime organizado", avaliou.
Relações Brasil-França
Durante a visita do primeiro-ministro francês, os dois países anunciaram alguns acordos de cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e educação. Entre eles está o compromisso de aumentar em 10 mil o número de estudantes brasileiros bolsistas na França, até 2014. "A França tem hoje 4.000 estudantes brasileiros bolsistas, e é o país que mais recebe bolsistas brasileiros no mundo", afirmou Fillon.
No âmbito dos investimentos, a França ocupa o quinto lugar entre os maiores investidores no Brasil, tendo sido responsável por 2,3 bilhões de dólares até setembro. O comércio entre os dois países moviment 9 bilhões de dólares anuais.
O primeiro-ministro francês veio ao Brasil acompanhado de três ministros e uma comitiva de cerca de 30 empresários.
Autora: Ericka de Sá, de Brasília
Revisão: Alexandre Schossler
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Deustche Welle - Brasil quer ajudar a Europa, mas impõe condições.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Foreign Policy - The Merkelization of Europe.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Estadão - Artigo de Ariel Palacios.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
BBC Brasil - Expansão Econômica da China na AL.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Competição da Embaixada Britânica no Brasil.
Essay Competition
Social media, Arab Spring, democracy. Recurring words, current meanings, very different perceptions.
- What was the impact of the Arab Spring on the Middle East?
- How social media has been changing democracy?
We want to know what young people think about those things. We want the young and fresh Brazilian perspective about it.
Brazil is an emerging power and a priority partner for the UK in a number of different areas. This country has been engaging ever more actively in international issues.
In its recent mandate in the United Nations Security Council, Brazil worked closely with the UK in a variety of themes, especially when it came to Arab Spring outcomes. Despite having different positions from time to time, the dialogue between both countries has been always open and transparent.
To participate in the competition, you have to be a student of international relations, political sciences (or related area) or journalism (or other communications course).
The competition will have two broad themes:
- "Democracy and Social media"
- "Foreign Policy"
A winner will be selected in each one and the prizes will include 5-day trip to London, with visits to the Parliament, the Olympic Park and the FCO.
To take part you must register from 21 November to 14 December and submit your essay no later than 31 December. All essays must be written in English.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Estadão - Entrevista com Marcelo Freixo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
FP - 10 Reasons Why Obama Will Win in 2012
Correio Braziliense - Crise na Itália.
Sílvio Ribas
Publicação: 15/11/2011
Um dia após ser designado para formar o novo governo da Itália em razão da renúncia de Silvio Berlusconi, o economista e ex-comissário europeu Mario Monti começou ontem a montar sua equipe enquanto os mercados reagiam com ceticismo a seu nome. Em seu teste inaugural, o líder indicado viu as bolsas europeias fecharem em queda, abaladas em parte pela emissão dos títulos da elevada dívida pública italiana (1,9 trilhão de euros). No primeiro leilão após a escolha de Monti para liderar o combate à crise fiscal, o país pagou ontem juro recorde de 6,29% para vender bônus de cinco anos.
A oferta levantou 3 bilhões de euros, teto da meta, mas com o maior custo desde 1997. No leilão de outubro, os rendimentos foram de 5,32%, quase um ponto percentual a menos. As maiores baixas nas bolsas da Zona do Euro foram registradas em Madri (2,15%), Milão (1,99%) e Paris (1,28%), que também sentiram o impacto do aumento da expectativa de recessão no continente. O pregão de Nova York caiu 0,61%; e o de São Paulo, 0,49%, aos 58.258 pontos. O dólar subiu 1,38%, cotado a R$ 1,768.
Apesar dos esforços de Monti para a formação do novo governo, o mercado não encontrou ânimo para estancar as perdas. O futuro chefe de governo bem que tentou, mas não conseguiu acalmar nem mesmo os italianos, que, na sua visão, poderão sofrer mais privações para que o país consiga se afastar do abismo econômico que o rodeia. “Sangue? Não. Lágrimas? Menos ainda. Sacrifícios? Talvez”, disse.
Estagnação
Na semana passada, os juros para títulos de dez anos da Itália dispararam para além de 7%, nível insustentável, o mesmo que já levou Portugal e Irlanda a pedirem socorro. “O BC italiano errou. Com cenário adverso e transição política, o país acabou confirmando a taxa imposta pelo mercado turbulento. O ideal seria esperar alguns dias para lançar os títulos”, disse o economista Raphael Martello, da consultoria Tendências. “Até Monti ser referendado pelas duas casas do Parlamento, as bolsas vão operar com a incerteza sobre sua real capacidade em lidar com a crise”, completou.
Para restaurar a confiança do mercado, o parlamento italiano aprovou, no fim de semana, um pacote de reformas econômicas. Berlusconi renunciou e o presidente Giorgio Napolitano nomeou Monti, economista de renome internacional, como chefe do novo governo. O novo governo tentará tocar reformas já acertadas com líderes europeus. A meta é reduzir a dívida italiana e tirar a economia da estagnação. Mas o novo todo-poderoso italiano poderá enfrentar oposição da esquerda e da direita contra as medidas mais impopulares, sobretudo as que envolvem aposentadoria e mercado de trabalho.
Para Creomar de Souza, professor do Ibmec-DF, mesmo durante a acomodação política do gabinete de conciliação, o primeiro-ministro italiano terá de encarar duros testes na tarefa de salvar a terceira maior economia da Zona do Euro. “A grande dúvida é saber se a mudança de comando chegou em tempo, considerando que o quadro financeiro se agravou muito nos últimos dias”, ressaltou.
Além disso, o momento atual exige mais capital político que financeiro e a boa vontade isolada de países do continente é insuficiente. O economista lembrou que, em duas décadas, o governo Berlusconi dividiu a Itália e ampliou perigosamente o panorama da dívida pública até consagrá-lo como parte do problema. Ontem, em frente à embaixada italiana na capital da Ucrânia, Kiev, ativistas da organização de defesa dos direitos das mulheres Femen ainda comemoravam a saída de Berlusconi.
The NY Times - O Sucesso da Alemanha e a Crise do Euro.
By NICHOLAS KULISH
Published: November 15, 2011
BERLIN — Throughout the crisis in the euro zone, as governments have fallen, debt burdens have mounted and economies have stagnated or shrunk, Germany has floated above the fray. While its economy has hummed along nicely, its leaders have steadfastly insisted that the path to redemption for the debtors lies in austerity and suffering.
When Chancellor Angela Merkel on Monday described the debt crisis as Europe’s “most difficult hours since World War II,” she was describing something most Germans had only read about in newspapers or watched on television. The German economy once again surprised experts on Tuesday, growing an unexpectedly healthy 0.5 percent in the third quarter and 2.5 percent higher than the year before.
While there were ominous signs that Europe’s slowdown would also strike Germany, its biggest economy — particularly worrisome was a sharp drop in industrial production in September — the pain that euro zone partners have been feeling has yet to arrive here.
With German consumers spending freely, unemployment has reached the lowest level since German reunification more than two decades ago, and it continued falling in October. Tax receipts consistently beat government projections, to the point that Mrs. Merkel’s coalition even has plans to cut taxes by more than $8 billion.
And in a widely noted twist on the accounting surprises that helped cover up Greek debts, Germany recently found its own mistake in the spreadsheets: its obligations were $76 billion lower than previously thought.
Germany’s continued prosperity has helped fuel growing anger in countries like Greece and Spain against what is increasingly viewed as harsh German domination. More and more, Germany is cast in the role of the villain, whether by protesters in the streets of Athens or by exasperated politicians in the halls at the recent Group of 20 meeting in Cannes, France.
“The Germans often don’t sufficiently appreciate how wrenching the economic changes are that they’re prescribing,” said Philip Whyte, a senior research fellow at the Center for European Reform in London.
Germany, Mr. Whyte said, was trying to remake all of Europe after its competitive, export-driven economic model, without understanding the connection between its success and foreign indebtedness in countries like Greece, which for years used borrowed funds to purchase German goods.
“Not everyone can be like Germany,” Mr. Whyte said. “The world as a whole doesn’t trade with the moon.”
European partners have taken notice of the yawning divide between their struggles and Germany’s strength, and of the way German leaders have resisted aggressive measures by the European Central Bank that may have provided some relief, but may also invite what for Germans is the deep dread of inflation.
Greeks in particular have been outraged at demands for change dictated by Berlin that impinge on their sovereignty. Some Greek protesters have even carried blue European Union flags with yellow swastikas in the middle and compare the debt deals to the occupation of Greece during World War II.
The European crisis has often been likened to a morality play — sinful southerners, virtuous northerners — but at times in Germany it has taken the shape of Wagnerian opera, with Germany cast as the dragon guarding its hoard of gold.
Last week, Germany was awash with reports of a proposal floated at the Group of 20 meeting that might have allowed the International Monetary Fund to draw on German gold reserves to bolster Europe’s rescue fund.
The condemnation was swift and disproportionately harsh for a suggestion that was basically doomed from the start. “The German gold reserves must remain untouchable,” said Philipp Rösler, the economy minister and vice chancellor.
A cartoon in the newspaper Süddeutsche Zeitung showed three men trying to crack a bank safe marked “Bundesbank gold and foreign currency reserves,” a reference to the German central bank.
The masked man attacking the safe with a drill had the German abbreviation for the European Central Bank on his back, while the one placing the dynamite bore the letters for the International Monetary Fund. Holding a flashlight was the president of the European Council, Herman Van Rompuy.
Leading politicians here defended the independence of the Bundesbank but also took the opportunity to call for Italy to sell off its own gold reserves, the fourth largest in the world after the United States, Germany and the International Monetary Fund.
“I am of the opinion that a country should do everything in its power to help itself,” said Gunther Krichbaum, chairman of the committee on European affairs in the German Parliament, who spoke in favor of Italy’s selling gold to help with its $2.6 trillion debt, “and in this regard Italy is far from exhausting its options.”
As the overall health of Germany’s economy and its fiscal position widen the rift with Europe’s poorer periphery, Germans have a ready response. They say that they already made the structural changes in work-force rules and pension reforms that they are now recommending for the slow-growth countries, and that, by the way, they actually pay their taxes. So if the laggards want Germany’s money, they have to play by German rules.
“We believe this success is because we have certain criteria around which we organize our economic policies, and these are the criteria we want other countries to comply with if they ask for our money,” said Tanja A. Börzel, a professor of European Union politics at the Free University in Berlin. “When you put national taxpayer money on the line, the people have a say, and that is if we have to eventually pay for the economic sins of others that they at least change their policies if we bail them out.”
Guntram B. Wolff, deputy director at Bruegel, a research group based in Brussels, said that as the focus in the debt crisis had shifted from the relatively small Greece to the much larger Italy, the need for domestic action versus international bailouts had risen. Mr. Wolff, who formerly worked at both the European Commission and the German Bundesbank, said that Berlin had played a more assertive role in the European crisis in part because the European Commission had not played as active a role as it could have, particularly over Italian indebtedness.
“The shift of power is clear,” Mr. Wolff said, “and you see that it is Berlin that has been gaining power.”
Stefan Pauly contributed reporting.