sábado, 10 de julho de 2010
Democracia: Continuidades e Rupturas
domingo, 4 de julho de 2010
Aquisições brasileiras no exterior superam compras de múltis no Brasil
Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo
Os empresários brasileiros adquiriram mais concorrentes no exterior que os estrangeiros no País neste início de ano. De janeiro a maio, as companhias nacionais investiram US$ 11,16 bilhões em aquisições ou no aumento de sua participação em companhias das quais já eram sócias. O valor superou os US$ 10,68 bilhões que os estrangeiros trouxeram ao País para aquisições. Os Estados Unidos se tornaram o principal alvo e absorveram 40% dos investimentos (excluídos paraísos fiscais).
O cálculo exclui as transferências entre matrizes e filiais. O investimento direto é a soma da compra de participações no capital e de empréstimos inter-companhias. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luis Afonso Lima, "as aquisições não são um movimento tático, mas estratégico das empresas nacionais no exterior".
A única vez que os brasileiros compraram mais empresas no exterior que agora foi em 2006, quando a Vale adquiriu a canadense Inco por US$ 18 bilhões. A magnitude da transação distorce os dados, o que torna a virada atual inédita. Em 2004, os brasileiros investiram US$ 6,64 bilhões em aquisições no exterior.
Com exceção de 2006, o recorde foi em 2008, com US$ 13,9 bilhões - pouco acima do obtido em cinco meses deste ano. As aquisições no exterior demonstram a robustez das empresas brasileiras no pós-crise, mas são mais um fator de pressão nas contas externas do País, que devem terminar o ano com déficit de cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Oportunidade. Em fevereiro, a petroquímica Braskem comprou a divisão de polipropileno da americana Sunoco por US$ 350 milhões. "Entramos na crise com dinheiro em caixa. O que é crise para uns, é oportunidade para outros", diz o vice-presidente de relações institucionais e desenvolvimento sustentável da Braskem, Marcelo Lira.
Os objetivos da Braskem com a internacionalização são ganhar escala e ter acesso a matéria-prima. É por isso que a empresa prevê investir US$ 2,5 bilhões em um polo petroquímico no México até 2015. A Braskem já tem contrato de fornecimento de nafta com a Pemex. "As aquisições vão continuar, porque os planos são passar de oitava para quinta petroquímica do mundo até 2020", disse Lira.
Outra que aproveitou as oportunidades da crise foi a Votorantim, que adquiriu 21,3% da portuguesa Cimpor em janeiro, após feroz briga com os concorrentes Camargo Correa e CSN. Foi o último lance de um processo de ida para o exterior que começou em 2001. Com destaque para cimento e metais, a empresa está presente em 22 países.
Um conjunto de motivos impulsiona a internacionalização das empresas brasileiras. Segundo o gerente do projeto de internacionalização da Fundação Dom Cabral, Sherban Leonardo Cretoiu, as companhias estrangeiras perderam valor de mercado na crise. Além disso, a valorização do real aumentou o poder de compra dos brasileiros. Outro fator é a consolidação provocada pela crise, com o surgimento de grupos como Itaú Unibanco e Brasil Foods (Sadia e Perdigão) que vão buscar o exterior.
Oferta hostil
Para aproveitar as boas oportunidades, as empresas brasileiras estão mais agressivas. A fabricante de máquinas Romi fez uma oferta hostil pela americana Hardinger. O conselho da companhia americana resiste, mas os executivos da Romi estão fazendo uma peregrinação de conversas com os acionistas. Na primeira tentativa, tiveram 38% de adesão. Estenderam o prazo e já conseguiram, 48%. O presidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, explica que precisa de 66% para completar a aquisição. "Nossa oferta hoje é de US$ 10 por ação, mas estamos dispostos a conversar com o conselho da Hardinger." A Romi tem 90% de seu faturamento no Brasil. Com a Hardinger, cairia para 45%.
A internacionalização ganhou fôlego este ano, mas começou há bastante tempo. A Gerdau foi uma das pioneiras em 1980 e hoje obtém metade do faturamento no exterior. "Buscamos participação em mercados-chave, ampliando a atuação nas Américas e ocupando espaços na Europa e na Ásia", diz o diretor-presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter. Em 2008, a Gerdau adquiriu uma fatia da mexicana Corso Controladora e aproveitou a crise para elevar sua participação na espanhola Sidenor.
Para os especialistas, 2009 foi apenas uma interrupção na tendência de internacionalização. Pesquisa da Fundação Dom Cabral com 41 companhias indicou que apenas uma não tem planos de expandir suas operações no exterior este ano.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Irã quer participação do Brasil em conversas sobre programa nuclear
Mahmoud Ahmadinejad diz que o país persa só votlará a negociar com o Ocidente no fim de agosto
Em Teerã, Ahmadinejad disse a jornalistas que a decisão do governo é "uma punição ao Ocidente para ensiná-los o modo de negociar do Irã".
Ahmadinejad também disse desejar que Brasil e Turquia participem das negociações internacionais sobre o programa nuclear. Em maio, Irã, Brasil e Turquia firmaram um acordo, prevendo que o Irã enviasse urânio pouco enriquecido ao território turco, recebendo posteriormente em troca combustível para seu reator em Teerã.
O acordo foi visto pelos três países como um passo importante para romper o impasse, mas as potências fizeram ressalvas ao documento e acabaram aprovando uma quarta rodada de sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU, no início de junho.
As sanções foram aprovadas pela recusa de Teerã a interromper o processo de enriquecimento de urânio, que pode ter tanto fins pacíficos como bélicos. Membros temporários no Conselho de Segurança, Brasil e Turquia se opuseram à resolução punindo o Irã, mas foram voto vencido.
Guerra psicológica
Também nesta segunda, o Irã acusou a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA de realizar uma "guerra psicológica" depois de o diretor deste órgão, Leon Panetta, dizer a um canal de televisão que o país persa dispõe de urânio enriquecido suficiente para a "fabricação de armas nucleares" e que poderia produzir uma bomba atômica em dois anos.
"Esse tipo de declaração é parte de uma guerra psicológica lançada para dar uma visão negativa das atividades nucleares pacíficas do Irã", disse Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério de Exteriores do Irã, acrescentando que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos.
"Os responsáveis americanos e em particular seus serviços de inteligência sabem melhor que ninguém que o programa nuclear iraniano não é, de maneira nenhuma, militar", concluiu.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
As eleições Brasileiras.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Breve Reflexão do Acordo de Teerã
Analisando brevemente o caso, pode-se afirmar que se do lado brasileiro o protagonismo reflete a tentativa de fazer parte de maneira mais ativa nos foros internacionais. Do lado turco o protagonismo está vinculado, sobremaneira, a necessidade do partido do primeiro ministro Edorgan de aumentar sua base de apoio interno junto à população desvinculada do secularismo Kemalista. O Irã por sua vez, é o ator que possui o complicador de estar cercado por Estados relativamente não simpáticos e com artefato nuclear (Rússia, India e Israel). Além, da presença massiva dos Estados Unidos no Afeganistão.
Tal emaranhado de interesses explica o quão inequivocadamente complexo é o sistema internacional. O ajuste de interesses distintos com um objetivo comum - protagonismo - gera vantagens diferenciadas para cada um dos atores envolvidos. Neste aspecto especificamente, num primeiro momento, por mais que a diplomacia brasileira tenha comemorado um triunfo. Pode-se entender que o principal beneficiário foi a Turquia, pois, se do lado brasileiro a vontade de transformar-se em membro permanente do Conselho de Segurança veio logo a mente dos críticos. Do lado turco, pouco foi cobrado, sobretudo, pela dependência dos centros de poder norte-americano e europeu ocidental de angariar a boa vontade do governo turco (via seu papel chave na Otan).
O resultado fundamental deste ensaio, baseado em um jogo tentativa-erro - aprovação de novas sanções contra o Irã e críticas mais ou menos duras aos mediadores desinteressados. Serve como mecanismo de entendimento do quanto as mudanças podem oscilar entre uma velocidade alta e lentidões. De maneira clara, parece ser possível confirmar que se novos atores tem vontade de fazer parte do sistema de maneira mais ativa. Pode-se concluir também que os velhos centros de poder não estão nada dispostos a cederem espaços que julguem desnecessários.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
An Iranian banana skin
Jun 17th 2010 | BRASÍLIA
We won’t bow to pressure
ALTHOUGH Brazil has been a member of the UN Security Council on ten separate occasions since 1946, it had never before voted against a resolution backed by a majority of the council’s members. But on June 9th Brazil and Turkey both opposed further sanctions against Iran. In doing so it was out of step not just with its old allies, the United States and the European powers, but also with its new ones, Russia and China, all of which are worried by Iran’s nuclear programme. Why has the government of Luiz Inácio Lula da Silva stuck its neck out so far for Iran?
The short answer is that Lula, a former trade-union leader, fancies himself as the man who can talk Iran into obeying the world’s nuclear rules, and thinks sanctions will bring that effort to nought. Last month he flew to Tehran for talks with Iran’s president, Mahmoud Ahmadinejad, and Turkey’s prime minister, Recep Tayyip Erdogan. The three countries signed an agreement under which Iran would send to Turkey 1,200kg of its low-enriched (under 5%) uranium stocks; in return it would receive within a year more highly enriched (to 20%) fuel rods for its ageing medical-research reactor. Iran’s leaders also agreed to tell the International Atomic Energy Agency (IAEA) in writing of this plan. “We thought this was a gesture by them, a first demonstration of trust,” says Marco Aurélio Garcia, Lula’s foreign-policy adviser.
But to American and European officials, some of whom have negotiated with Iran for years, it looked as if Lula and his advisers had naively walked into Mr Ahmadinejad’s time-wasting trap. The terms of the deal were superficially similar to one reached under IAEA auspices last October (which Iran walked away from). But now Iran has nearly twice as much low-enriched uranium. And whereas the October deal would have robbed Iran of the excuse to enrich to 20% itself (a lot closer to the 90% needed for a bomb), it has since rushed to do just that. No sooner had Lula left Tehran than Iran’s nuclear chief said that enrichment to both the lower and the higher levels would continue. So America pushed forward with sanctions.
America and Brazil are now fuming at each other. Brazilian officials claim that the Tehran deal was in line with what Barack Obama had suggested to Lula in April, in a letter that they leaked to the local press. The Americans retort that this was just one of many communications with Brazil over the issue and has been plucked out of context. Worse than the Tehran deal itself was the leak and Brazil’s rejection of a Turkish proposal that both countries should have joined Lebanon in abstaining rather than voting against the resolution, according to a senior American official.
Under Lula, Brazil’s foreign policy has become more assertive. The government has recruited some 300 extra diplomats (and plans to add a similar number over the next four years). It has strengthened its ties with other emerging powers such as China, India, Russia and South Africa. Brazil now has more diplomatic missions in Africa than Britain has. Lula’s government has claimed leadership in Latin America more forcefully than its predecessors. And it has played a more active role on global issues such as trade, climate change and regulating the international financial system.
Much of this new assertiveness flows naturally from Brazil’s growing power, which stems from stability, a robust democracy, faster economic growth and successful social policies. It has generally been welcomed by the United States and Europe. But in the past couple of years Lula has taken up some more controversial stances. He has offered uncritical backing to Venezuela’s Hugo Chávez and Cuba’s Castro brothers. And he has struck up a friendship with Mr Ahmadinejad. All this goes down well at home with his Workers’ Party. His opponents detect a streak of anachronistic anti-Americanism.
The attempt to negotiate with Iran is part of “assuming our responsibility to promote peace and security” in the world, says Antonio Patriota, a senior diplomat. But it has given ammunition to the domestic critics of Lula’s foreign policy, who include some prominent retired diplomats (and, they say, many serving ones). “The Iranian adventure is incomprehensible, especially since there are various conflicts closer to us in which we haven’t tried, or haven’t managed, to mediate,” wrote Sérgio Amaral, a former ambassador, in O Estado, a São Paulo newspaper. He worries that Lula has gained nothing and succeeded only in drawing attention to Brazil’s refusal to accept enhanced outside inspection of its own peaceful nuclear programme (it says this would force it to divulge technological secrets, and that it allows Argentina to inspect its facilities freely under a bilateral agreement).
Lula’s adventure in Tehran smacks of the overconfidence of a politician who basks in an approval rating of over 70% and who sees the Iraq war and the financial crisis as having irreparably damaged American power and credibility. But the United States is still Brazil’s second-largest trading partner. Although some American and Brazilian officials are keen to prevent ill-will over Iran from spoiling co-operation in other areas, it nevertheless may do so. The United States Congress may be even less willing to support the elimination of a tariff on Brazil’s sugar-based ethanol, for example.
Lula wants the UN reformed to reflect today’s world, with Brazil gaining a permanent seat on the Security Council. But by choosing to apply his views on how the world should be run to an issue of pressing concern to America and Europe, and in which Brazil has no obvious national interest, Lula may only have lessened the chances that he will get his way.
domingo, 20 de junho de 2010
Era Uribe continua com vitória de Santos na Colômbia, dizem analistas
20 de junho de 2010 | 22h 15
Claudia Jardim - BBC
O controvertido legado do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, no poder há oito anos, não termina com a vitória neste domingo do candidato governista Juan Manuel Santos, que promete dar continuidade às políticas de seu antecessor.
A vitória de Santos com 69% de apoio, mais de 8,9 milhões de votos, é uma espécie de "terceiro mandato" para a era Uribe, na opinião de analistas políticos ouvidos pela BBC Brasil.
"O uribismo continua vigente. A maioria hoje votou por um terceiro mandato de Uribe, não necessariamente por Juan Manuel Santos", afirmou a analista política Laura Gil, para quem a incógnita é se Santos conseguirá sair da sombra de Uribe e "impor uma marca pessoal a seu governo".
Para Rafael Nieto, analista político e ex-vice-ministro da Justiça, Santos tentará construir o "santismo" em substituição ao uribismo, mas não nos primeiros anos de governo.
"Santos reconhece que grande parte de seu êxito se deve aos oito anos do governo de Uribe e à sua popularidade", afirmou.
"Santos sabe que iria contra seus próprios interesses se começar marcar grandes distâncias com o presidente logo no começo".
Transição
Outro aspecto destacado pelos especialistas é o estilo de governar, onde Santos tende a marcar diferença em relação a seu antecessor.
Para Laura Gil, com a eleição de Santos, a Colômbia passará por uma transição. "Haverá a transição de um governo de uma elite agrária com suspeita de manter vínculos com paramilitares a uma elite tecnocrata, urbana, com pretensões dinásticas e modernizantes ao mesmo tempo", afirmou.
Outro aspecto pessoal que difere Uribe de Santos é a popularidade. O presidente colombiano entregará seu segundo mandato em 7 de agosto com cerca de 68% de popularidade, um dos mais altos índices da história.
"Santos não tem o carisma do presidente Uribe, não tem a mesma facilidade de dialogar com as pessoas, é mais frio, mais distante, mais aristocrático", afirmou o analista Rafael Nieto.
Por outro lado, Santos tende a ser mais conciliador que o atual mandatário. "Uribe gosta de confrontação", afirmou Nieto.
"Santos busca acordos, negocia permanentemente e isso pode permitir melhorar, principalmente, a relação com o poder Judiciário", afirmou.
A administração Uribe foi marcada, entre outros aspectos, por um intenso confronto com o Judiciário, que nos últimos anos julgou e condenou políticos envolvidos no escândalo de suposta compra de votos para sua reeleição.
A Justiça colombiana também investiga mais de 80 políticos, que pertencem a atual base governista, acusados de vínculos com paramilitares.
Em fevereiro, o ex-senador colombiano Mário Uribe, primo e aliado político do presidente da Colômbia, foi preso por suposto envolvimento com a "parapolítica", como ficou conhecida a articulação entre políticos e chefes paramilitares.
Parapolítica
Santos chega à Presidência com um confortável apoio de 80% dos parlamentares no Congresso. Para analistas, isso não seria um problema se parte desses congressistas não fosse acusada de envolvimento com paramilitares.
"Santos não romperá com esses grupos", afirmou o historiador Medófilo Medina, professor da Universidade Nacional da Colômbia.
Para ele, os "escândalos" envolvendo políticos e paramilitares - que marcaram os dois últimos anos da administração Uribe - tendem a ser mais "discretos" com Santos. "Porém, a presença do narcotráfico continuará existindo", afirmou.
Em entrevista coletiva, durante a campanha, Santos disse que não se aliaria aos parapolíticos.
Conservadorismo
No campo econômico, o historiador Medófilo Medina afirma que não haverá mudanças. "Continuará o modelo neoliberal", afirmou.
Santos tem prometido dar continuidade à política econômica de ajuste e benefícios fiscais para atrair novos investimentos e gerar novos postos de trabalho. O índice oficial de desemprego na Colômbia é de 12%, uma das mais altas taxas da América Latina.
Outra marca do uribismo que deverá permanecer "intacta" é a política de combate aos grupos guerrilheiros pela via armada, não negociada, apoiada pelo Plano Colômbia, aliança militar financiada pelos Estados Unidos.
Quando foi eleito em 2002 e reeleito em 2006, Uribe prometeu e implementou uma ofensiva militar sem precedentes contra as guerrilhas, que teria sido responsável pelo enfraquecimento dos grupos armados e por importantes golpes à estrutura militar das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Brasil
As críticas do governo do Brasil contra a assinatura do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos - que permite o uso bases militares colombianas por tropas americanas - é visto por analistas colombianos como o "estopim" que terminou por distanciar ainda mais as relações entre Brasília e Bogotá.
Para a analista política Laura Gil, Santos buscará uma reaproximação com o Brasil. "As relações diplomáticas foram muito afetadas, mas acredito que o governo e Santos entenderam que Brasil é um aliado muito importante, do qual não se pode afastar", afirmou.
Para Gil, Santos continuará sendo o principal aliado dos Estados Unidos na região, mas ao mesmo tempo buscará uma zona de distensão com os vizinhos, de olho em promover um isolamento do presidente venezuelano Hugo Chávez.
"A relação privilegiada com Estados Unidos continuará, mas haverá uma tentativa de aproximação com a América Latina. Santos tentará fortalecer esses laços para isolar Chávez", afirmou Gil.
Para a cientista política Consuelo Ahumada, professora da Universidade Javeriana, o resultado das urnas neste domingo mostra o caráter conservador da sociedade colombiana.
"Vemos uma sociedade conservadora, à direita, que está disposta a aceitar muitas coisas em troca do combate às guerrilhas", afirmou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.