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segunda-feira, 11 de abril de 2011

The Nation - Obama vs. Congress

Why President Obama Is Losing the Budget Fight

Ari Berman
April 11, 2011



Friday night’s dramatic budget agreement represented a major defeat for President Obama and Congressional Democrats. On substance, John Boehner and Congressional Republicans received $7 billion more in spending cuts than they originally asked for. From a messaging standpoint, the entire debate unfolded on the GOP’s terms (excerpt for a brief interlude concerning Planned Parenthood)—the discussion was about how much to cut, not whether to cut or who would be impacted by such cuts or if such cuts would depress economic growth. The word “jobs” was practically absent from the debate.


President Obama’s advisers apparently believe that his best route to reeelection is to acknowledge the need for more fiscal discipline, while picking a fight with the GOP over the need for targeted government investment in our future and painting the GOP’s cut-at-all-costs vision as out of the mainstream. In fairness, his advisers, as Paul Krugman noted recently, may very well be right about this.

But it’s still worth appreciating how far to the right the debate has shifted, in part because of Democratic acquiescence. The idea that government spending should be a job-creation tool in our arsenal was entirely marginalized, to the point that it was simply not part of the discussions; meanwhile, the insane conservative demand for $100 billion in cuts was treated as a kind of outer right-wing boundary of legitimate discourse. The result: Giving Boehner more than he originally asked for in cuts became the stuff of middle ground compromise.


Obama, as Krugman, put it: “has effectively surrendered in the war of ideas.” Wrote Krugman today:


Obama is conspicuously failing to mount any kind of challenge to the philosophy now dominating Washington discussion — a philosophy that says the poor must accept big cuts in Medicaid and food stamps; the middle class must accept big cuts in Medicare (actually a dismantling of the whole program); and corporations and the rich must accept big cuts in the taxes they have to pay.


The president is following the example of Bill Clinton after the 1994 election, who brought in Dick Morris to “fast-forward the Gingrich agenda.” Often lost in this story is how Clinton, en route to a balanced budget, fought Gingrich over steep spending cuts and vowed to protect “Medicare, Medicaid, education and the environment,” as part of the budget deal. Clinton confronted, then compromised. Obama has fast-forwarded the Boehner agenda with no pushback, even bragging about enacting “the largest annual spending cut in our history.” The president is practically doing Boehner’s job for him!

The White House is obsessed with positioning Obama as a president who stays above the fray during partisan disputes. But the president’s unwillingness to take sides has its own cost. “For Obama, it is not good enough to cast himself as the school principal scolding competing congressional gangs,” wrote Washington Post columnist EJ Dionne. “He needs the courage to defend the government he leads. He needs to declare that he will no longer bargain with those who use threats to shut down the government or force it to default on its debt as tools of intimidation.”

Heretofore, debates over economic policy between Obama and Congressional Republicans have followed a familiar script. Said Jon Cohn of The New Republic:


Obama starts off with a flexible, center-left position. The Republicans start off with a rigid, far-right position. Obama's commitment to bringing people together seems absolutely sincere; the Republicans' interest in shredding the welfare state seems absolutely sincere. The two go back and forth, eventually reaching a compromise that is somewhere between the two ideological starting points--which is somewhere on the right.


This week President Obama will deliver a major address concerning the deficit, responding to the plan put forward by House Budget Committee Chairman Paul Ryan last week. Ryan, by introducing a truly radical blueprint that would gut the social safety net and drastically redistribute income upwards, has given Democrats a major opening to present an alternative economic vision to the public. But thus far Obama has been content to meet Republicans in the middle, even as the middle moves sharply to the right, instead of laying out a bold economic narrative of his own.

House Republicans are now determining the priorities and direction of the entire US government. Until that changes, Obama and Congressional Democrats will continue to find themselves on the defensive.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

InfoMoney - Orçamento dos EUA e Wall Street

Fique de olho: disputa política em torno do Orçamento dos EUA abala Wall Street

Por: Tatiane Monteiro Bortolozi


SÃO PAULO - O presidente norte-americano Barack Obama reuniu-se com congresssistas na Casa Branca nesta quinta-feira (7) para tentar evitar a paralisação dos serviços governamentais na próxima sexta, caso o impasse sobre o novo Orçamento do país não seja resolvido. A discussão gira em torno do tamanho da redução das despesas no governo. Enquanto os democratas querem cortar US$ 33 bilhões, os republicanos pleiteiam um corte um pouco maior, de US$ 40 bilhões.

Obama convocou em caráter de emergência o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, e o líder da maioria do Senado, o democrata Harry Reid. Embora republicanos e democratas tenham em princípio concordado com uma redução de US$ 33 bilhões nas despesas para o ano fiscal (que termina em 30 de setembro), Boehner mostrou-se inflexível ao exigir um corte maior. Na última quarta-feira, os líderes já haviam se encontrado, porém nenhum acordo foi atingido e nesta quinta-feira Reid se disse bem menos otimista em relação a um consenso.

A reunião, de fato, acabou sem um novo acordo. Os três políticos voltam a se reunir nesta noite, na Casa Branca, para dar sequência às negociações. A previsão é que a reunião tenha início às 20h00 em Washington (21h00 em Brasília).

Caso não se chegue a um acordo sobre o orçamento do governo norte-americano, que expira na próxima sexta-feira, todos os serviços públicos que não sejam de necessidade primária serão interrompidos. Há 15 anos os EUA não tinham que lidar com este problema.

Como o corte afeta a economia norte-americana?
Entre os efeitos colaterais de um corte acima de US$ 33 bilhões, o governo já se prepara para o atraso na restituição de impostos, a paralização temporária do pagamento de salários ao Exército e o congelamento de alguns incentivos à habitação. Além disso, pedidos de empréstimos para pequenas empresas e empréstimos garantidos pela FHA (Federal Housing Administration) também seriam adiados.

As paralisações chegariam justo no momento em que a recuperação econômica nos Estados Unidos começa a ganhar fôlego. "As companhias não gostam de incertezas, e se elas virem que de repente poderemos ter um 'apagão' em nosso governo, isto poderia enfraquecer o momentum justamente quando precisamos retomá-lo - tudo por conta da política", disse o presidente norte-americano em discurso na última quarta-feira.

Em meio a impasse, Obama ainda pode apelar à população
Desde 5 de janeiro de 2011, Obama enfrenta a menor participação de seu partido na Câmara de Representantes, onde a oposição republicana conta com uma maioria de 242 deputados. No Senado, os democratas perderam seis assentos para os rivais nas últimas eleições legislativas de 2010, mas continuam em maior número. Neste último impasse, a atitude da oposição visa prejudicar a avaliação do atual governo e, assim, atrapalhar a já anunciada candidatura à reeleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

"O governo poderia adotar dois posicionamentos, de negociação ou confrontamento", diz o professor de Relações Internacionais do Ibmec, Creomar Lima Carvalho de Souza. Ele explica que a histórica norte-americana exemplificou uma conciliação com o Congresso no segundo mandato de George W. Bush, ao mesmo tempo em que um embate foi travado no final do primeiro mandato de Bill Clinton.

"As duas estratégias podem ser bem sucedidas. Embora Obama tenha um perfil conciliador, considero que o enfrentamento poderia trazer melhores resultados", diz Souza. "Obama precisa sensibilizar a população de que a oposição deseja impedir a reforma dos seus próprios interesses econômicos, impedindo a recuperação pós-crise", completa o professor.

Em um esforço diplomático, Obama chegou a reclamar que o Orçamento "poderia ter ficado pronto três meses atrás". Na verdade, o projeto poderia ter sido votado até mesmo seis meses antes do início do ano fiscal, em outubro de 2010, quando os democratas tinham maioria entre os legisladores. Contudo, explica Souza, outros assuntos trancaram a pauta da votação, como a agenda política e a reforma da saúde.